02 October 2007

Vida(s)

.
. .
.

Por vezes, olho os prédios das grandes cidades, as janelas na noite iluminadas e fico a pensar em quantas vidas se viverão por detrás de cada uma.
Vidas... as íntimas, as privadas, as secretas, na senda de Octavio Paz.
Lágrimas e sorrisos. Desapontamentos, projectos e sonhos. Descrença e fé. Dores, solidões, amenos estares de quietude e aqueloutros de suprema felicidade.
Casas cheias de gente onde a solidão escorre pelas paredes, casas quase vazias onde a solidão não cohabita.
Estar só é físico, solidão é estado de alma.
Depois, inspiro devagar, fecho os olhos e aspiro os cheiros e sons da noite e sorrio. Aceito o que a vida me dá, dela tiro o seu melhor, sem a procurar amargar. Nada é apenas bom e mau, branco e preto. Entre eles há zonas cinzentas, que não espaços de indefinição, mas meios termos de harmonia.
E os percursos de sofrimento, um dia fazendo-se luz, percebemos que foram necessários e vieram por bem.
A vida pode sempre surpreender-nos, oferecendo-nos inúmeras situações para se encontrar a felicidade e quanto mais simples e genuínos forem os nossos desejos, maior a recompensa, que não é uma paga.
.
.
.

2 comments:

Anonymous said...

a vida é a melhor surpresa.


todos os dias a cada dia e um dia de cada vez....


_________________o teu sorriso é um "cheiro" que apetece recordar!


_________________
bom dia neste dia em qualquer lugar.


Ysa.

teresamaremar said...

Olá Y

um dia depois do outro e, depois, é sempre amanhã do outro lado do mundo :)