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Ainda haverá música um dia?
subitamente às vezes penso
um terror absurdo
que é da menoridade
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a música
a arte
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tudo aquilo em que precisamos de reclinar um pouco a cabeça.
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Vergílio Ferreira, in Alegria Breve
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Imagens,
Werner Branz. Sem título
Vladimir Lestrovoy. A musician looking for his ear
Phillip Halsman. Dali Atomicus
Vladimir Lestrovoy. So sad...
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6 comments:
Encheria páginas a comentar, mas não o farei, limitando-me.
Cervantes escreveu um dia que onde há música “não pode haver coisa má”.
E na verdade, ainda que muitos cultivem a música, poucos a compreendem, embora todos digam percebê-la.
Que música?
Opiniões mil.
Todos falam de Mozart, Beethoven, Chopin, Brahms…quantos os conhecem? E as suas obras?
Música.
Nem sempre pausa, nem sempre tranquilidade.
Muitas vezes inquietação, energia, rasgo.
Vergílio.
Acredito que se encantasse com o silêncio que se segue a um trecho de qualquer compositor.
Porque esse silêncio…ainda é dele.
eusébio
Vergílio Ferreira, um arrependimento. Teria sido tão simples haver convivido com ele. Mas a preguiça, o adiamento. Contudo tão perto. E depressa se fez tarde.
Alegria e breve são sinónimos perfeitos. Vergílio sabia-o. E nós também.
Grande abraço.
(…) Um piano, toca-se uma tecla, o instrumento cumpre-se logo todo. O violino. Não é assim. As cordas ásperas, os meus nervos raspados – mas não o ouço. O violino. Melodia antiga, na perfeição da memória. Na distância aérea da minha imaginação. Casa deserta, o silêncio de uma tarde quente. (…) Um violino ao tamanho da minha solidão. (…) Ninguém canta lá em baixo. Só o espaço aberto para lá da janela. A terra suspensa. O ar imóvel.
Vergílio Ferreira, in “para sempre”.
Pela música e por Vergílio é que vamos…
Sebastião da Gama que me perdoe. :)
Descanso preciso... em alguém que te guarda
bjo doce
haverá sempre música. a tua.
a que compões com a mestria de quem sabe colher as raizes ....
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beijo-te.
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