11 December 2007

nome, coração

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porque nas calhas da vida
gira
a entreter a razão
um comboio de corda
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imagem in

http://www.forumsons.com/index.php?showtopic=8071&hl=_fotografia&st=30

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2 comments:

náufrago do tempo e lugar said...

Entanto, há quem diga que o poeta é um fingidor. :)

Abraço.

Anonymous said...

A alusão ao "comboio de corda", trouxe-me à mente uma preocupação: será que alguém deu corda ao pardal? :)

Lego

Está tudo conformado
ao triste proprietário.
Mecânicas ovelhas,
na erva de plástico,
têm pastor de pilhas
e cão pré-fabricado.
Flores marginam esse
às peças-soltas prado.
Eléctricas abelhas,
obreiras sem contrato,
daquele herbário extraem
um mel supermercado.
A malhada, no estábulo,
quase manga de alpaca
(é A VACA, sabias?),
dá leite engarrafado.
No céu (para colorir)
a nuvem, pontual,
aguarda a vez de ser
chovida no nabal,
enquanto o Sol dardeja
na eira proverbial.
Já tudo afeiçoado
ao bom do proprietário
(ervas, bichos, moral),
ele conta com os seus
e espera sempre em Deus.
("- Deste corda ao pardal?").

Alexandre O’Neill